Foto: Evilásio Júnior/ Bahia Notícias
O
presidente do Esporte Clube Bahia, Fernando Schmidt, eleito ao cargo
após intervenção judicial, defendeu, em entrevista ao programa Acorda
Pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5, nesta sexta-feira (11), que a
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve passar por um processo de
fiscalização e aumento de transparência após a derrota do time canarinho
por 7 a 1 para a Alemanha. “Para mim, a gestão na CBF é uma
caixa-preta”, criticou. Ele defende que, assim como aconteceu com o
tricolor, na campanha “Devolva meu Bahia”, a Seleção precisa voltar para
as mãos da população. “A Seleção precisa ser devolvida para o povo
brasileiro, porque é público e não privado”, justificou. O dirigente
esportivo recorda que o Esquadrão de Aço sofreu duas grandes derrotas em
campo, o que aflorou nos torcedores a vontade de mudança: “Houve apoio
popular e as pessoas deixaram de ser vítimas. O que a população quer é
que a Seleção volte a ser dela e a ser bem dirigida”. O resultado da
última terça-feira (8) no Mineirão, segundo Schmidt, não é culpa do
técnico Luiz Felipe Scolari ou dos jogadores, mas sim da situação atual
do futebol brasileiro. “Tem que ter instrumentos de controle para que o
clube possa seguir suas funções”, explicou. Ele lembra que, há cerca de
um ano, foi apresentada na Câmara Federal a Lei de Responsabilidade
Fiscal do Esporte, que estabelece uma espécie redemocratização do
futebol no país. “Não se podia mais tratar as entidades como capitanias
hereditárias. O exemplo maior é o CBF”, acusou. Questionado se
contrataria Felipão ou o jogador Fred para o clube se tivesse condições
financeiras, ele foi taxativo: “Não”. Schmidt apostou ainda que, na
próxima partida do Brasil contra Holanda, no sábado (12), a Seleção não
passará por um novo susto. “Algo me diz que não haverá nova goleada”,
arriscou. Segundo o dirigente, o afastamento do PT e PSB nas eleições
estaduais, do qual é filiado, não afetou a gestão do Bahia, a cinco
meses do fim do mandato de transição. “Não há racha. Procuramos separar
futebol e política. Não estamos apoiando ninguém”, afirmou.
Bahia Noticias.





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