sexta-feira, 11 de julho de 2014

O
ministro Joaquim Barbosa deixa o Supremo Tribunal Federal (STF) no
início do mês de agosto, mas tentará manter a equipe de seu gabinete,
composta por 46 funcionários, empregada após sua aposentadoria. Os
funcionários exercem cargos de confiança e funções gratificadas. Para
mantê-los no quadro do STF, Barbosa encaminhou um ofício para o seu
sucessor na presidência, ministro Ricardo Lewandowsk, atual
vice-presidente da casa. A manutenção dos servidores é em decorrência do
adiamento da aposentadoria de Barbosa. De acordo com a Folha de São
Paulo, antes de encaminhar o ofício, Barbosa ligou para Lewandowski e
pediu a manutenção dos assessores no gabinete da presidência do Supremo.
O vice-presidente afirmou que não poderia se comprometer, já que
precisará de uma equipe de sua confiança. Com a negativa, Barbosa usou a
sua prerrogativa como presidente do Supremo e oficiou Lewandowski com a
ordem de permanência dos servidores no gabinete da presidência. A
permanência deve ser debatida em uma sessão administrativa do STF em
agosto, quando os ministros retornam do recesso. Barbosa adiou a
aposentadoria para poder comandar a discussão. Pelas normas do Supremo,
os assessores ocupam cargos de livre exoneração, a qualquer tempo, e
que, se eles não forem dispensandos, que continuem no cargo até a
véspera da posse do ministro substituto ou que permaneçam por mais 120
dias no cargo, se a escolha do novo ministro demorar. Na maioria das
vezes, os ministros deixam um pedido de exoneração de todos os
funcionários. Os concursados são realocados, e os que não são, deixam o
Supremo. Ainda que não haja ministro nomeado, o gabinete deve ficar
aberto para consultas processuais, e precisar ter cinco funcionários.
Cada gabinete tem, em média, 30 funcionários. Barbosa, em nota, afirmou
que está fazendo tudo respeitando as normas do tribunal, e com base na
tradição da casa. Do quadro de Barbosa, sete assessores não tem vínculo
com o Supremo, quatro não são concursados e os demais foram cedidos ao
STF por outros órgãos. Seis servidores recebem R$ 10.352, mais auxílios
moradia e alimentação que ultrapassam R$ 3 mil. Outros 9 em funções
comissionadas recebem gratificações.
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