Foto: Pedro Kirilos/Agência O Globo
Afilhado
do coronel Paulo Malhães, 76 anos, morto nesta quinta-feira (24) após
criminosos invadirem seu sítio, o administrador Joaquim Sarmento Souza,
25 anos, afirmou que os bandidos mencionaram em conversa que tinham
ordens para “matar ele”. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o fato foi
relatado a Souza pela viúva da vítima, Cristina Malhães. O administrador
foi um dos primeiros a chegar na casa após o crime, que aconteceu um
mês depois do coronel ter confessado, em depoimento à Comissão Nacional
da Verdade (CNV), que torturou e matou durante a ditadura militar.
“Ainda não matou ele? Tá demorando muito. A ordem é matar ele”, diziam
os invasores, que se comunicavam por rádio. Souza acredita que o oficial
foi morto por vingança de alguma vítima do passado ou de algum
empregado do sítio, já que Malhães tinha conflitos frequentes com seus
funcionários. Vera Lúcia Barçante Sarmento, que informou à Folha ser
comadre do militar, crê que o crime pode ser configurado como queima de
arquivo, pelo fato do coronel ter dados sobre envolvimento de outros
militares em tortura e morte no período da ditadura. A Polícia Civil
continua apurando o crime.
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